Virada Sustentável 2025 celebra 15 anos com programação indígena em destaque
- Redação
- 16 de set.
- 3 min de leitura
Maior festival de sustentabilidade da América Latina valoriza povos originários com música, fotografia, feira de arte e rodas de conversa em espaços culturais da capital paulista.
A Virada Sustentável São Paulo 2025 chega à sua 15ª edição entre 17 e 21 de setembro, reforçando sua posição como o maior festival de sustentabilidade da América Latina. Criado em 2011, o evento cresceu exponencialmente ao articular organizações da sociedade civil, coletivos culturais, universidades, empresas e órgãos públicos.
A cada edição, a Virada amplia o debate sobre temas socioambientais de forma criativa, acessível e gratuita. Para 2025, a curadoria aposta no protagonismo indígena como forma de unir saber ancestral, arte e ativismo contemporâneo.
Quem são as vozes indígenas da programação
Txai Suruí: ativista da Amazônia, reconhecida internacionalmente após seu discurso na COP26 em Glasgow, é uma das mais importantes lideranças jovens da atualidade.
Jaci Martins: liderança Guarani Mbya, articuladora cultural e defensora dos direitos territoriais indígenas em São Paulo.
Day Moreira: ativista indígena atuante em projetos de empoderamento feminino e de visibilidade para artistas originários.
Chirley Pankará: pedagoga e mestre em educação, une a luta ambiental à educação crítica para as novas gerações.
Ian Wapichana: poeta e músico experimental, representa o encontro entre culturas ancestrais e a cena urbana contemporânea.
Fotografia indígena: Ruínas Florestais no Jaraguá
A mostra Ruínas Florestais, de Rafael Vilela, retorna ao Brasil após ser exibida em Londres. O projeto foi desenvolvido em parceria com comunicadores indígenas e a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), documentando a vida da comunidade Guarani Mbya no Jaraguá.
As imagens mostram como a urbanização avança sobre territórios indígenas, revelando contradições entre a metrópole paulistana e a resistência cultural dos povos originários. Em 2025, o ensaio valeu a Vilela o prêmio POY Latam, um dos mais prestigiados do fotojornalismo ibero-americano.
Música indígena e os 50 anos do hip hop
No Centro Cultural São Paulo (CCSP), o músico e poeta Ian Wapichana apresenta, em 19/09, uma obra que combina elementos tradicionais de sua cultura com batidas urbanas. A performance integra a programação especial dos 50 anos do hip hop, conectando a luta dos povos originários às vozes periféricas e urbanas que marcaram o movimento no Brasil.
Casa das Rosas: arte e resistência na Paulista
No último dia de festival (21/09), a Casa das Rosas será palco da roda de conversa Raízes da Resistência, com Txai Suruí, Jaci Martins, Day Moreira e Chirley Pankará. O encontro discutirá mudanças climáticas, direitos territoriais, papel das mulheres indígenas e novos caminhos para a sustentabilidade.
Ainda na Casa das Rosas, a feira de arte indígena reunirá produções de artesãos de diferentes povos que vivem em São Paulo, fortalecendo a economia criativa e valorizando a sabedoria ancestral.
Impacto e expansão da Virada Sustentável
Ao longo dos anos, a Virada já alcançou mais de 8 milhões de pessoas em São Paulo e em outras capitais brasileiras, como Manaus, Porto Alegre e Salvador. Em 2025, depois de cinco anos, o festival retorna ao Rio de Janeiro, entre 16 e 19 de outubro.
A programação da edição paulistana de 2025 ocupa também CEUs, Sescs, UBSs, parques e espaços públicos como a ciclovia do Rio Pinheiros, democratizando o acesso à cultura e à sustentabilidade.
Serviço – Programação indígena Virada Sustentável 2025
Ian Wapichana
19 de setembro, 19h
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade
Exposição Ruínas Florestais - por Rafael Vilela
Dias 20 e 21 de setembro
Aldeia Pindomirim
Terra indígena Jaraguá
Raízes da Resistência - roda de conversa com Txai Suruí, Jaci Martins, Day Moreira e Chirley Pankará
21 de setembro, 10h30
Casa das Rosas
Av. Paulista, 37 - Bela Vista
Feira de arte indígena
21 de setembro, das 10h às 12h
Casa das Rosas
Av. Paulista, 37 - Bela Vista
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