top of page

Estreia mundial da ópera brasileira ÉDIPO REI no Teatro Bradesco

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

Composta por Luciano Camargo e integralmente cantada em português, a montagem reúne orquestra, coro, solistas e dança contemporânea em sete récitas.

imagem da opera Edipo Rei
Rafael Stein (Édipo) e Joyce Martins (Jocasta) estão no elenco da Ópera ÉDIPO REI, de Luciano Camargo (Imahm: Andrea Camargo/Divulgação)

Nesta sexta-feira, 26 de setembro, o Teatro Bradesco recebe a estreia mundial da ópera brasileira ÉDIPO REI, composta pelo maestro Luciano Camargo, fundador da Cia. UNIOPERA. A temporada terá sete récitas, até o dia 5 de outubro, unindo música, teatro e dança em uma encenação grandiosa e contemporânea.

Baseada na clássica tragédia de Sófocles, a obra foi escrita ao longo de quase dez anos e se divide em quatro atos. O libreto e a direção cênica são de Rodolfo García Vázquez (grupo Os Sátyros), que coloca o coro grego no centro da cena, resgatando a dimensão filosófica e coletiva do teatro antigo.


Uma ópera cantada em português

Ao contrário da tradição europeia, ÉDIPO REI é integralmente cantada em língua portuguesa, uma escolha que reforça a identidade cultural brasileira. “A língua portuguesa precisa ocupar seu espaço nas grandes formas musicais. É também um convite para que o público brasileiro se reconheça no palco”, afirma Camargo, que também assina a regência.

O elenco conta com Jabez Lima e Rafael Stein (Édipo), Joyce Martins (Jocasta), Rodolfo Giugliani (Creonte), Gabriela Bueno (Tirésias) e Isaque Oliveira (Corifeu).


Dança contemporânea e expressividade

A montagem inclui a participação especial do Ballet Jovem Cisne Negro, com coreografia de Stephanie Alvarenga no Ato III, ampliando o caráter ritualístico da obra. “Há momentos em que o corpo fala mais do que a voz, e a dança acrescenta essa outra camada de leitura e emoção”, explica o compositor.

A produção também se destaca pelos cenários de Priscila Soares, iluminação de Guilherme Bonfanti, figurinos de Amanda Pilla B. e Samantha Macedo e maquiagem de Ana Paula Costa, compondo uma encenação que dialoga com a atualidade sem abrir mão da densidade da tragédia grega.


Uma tragédia para o nosso tempo

“O mito de Édipo fala sobre a busca incansável pela verdade, um tema dolorosamente atual. Essa ópera é, ao mesmo tempo, um mergulho no mito e um espelho do nosso tempo”, afirma Camargo.

A estreia marca um momento importante da produção lírica brasileira, que ainda conta com poucas obras originais em português, reafirmando a vitalidade da ópera como linguagem.


Sobre Luciano Camargo e a UNIOPERA

Luciano Camargo é maestro, compositor e professor universitário, com carreira dedicada ao repertório vocal-sinfônico. Desde 2018, dirige temporadas de ópera no Teatro Bradesco, assinando montagens como A Flauta Mágica, Carmen e La traviata.

A UNIOPERA, fundada em 2002, é uma associação sem fins lucrativos que promove música de concerto e ópera em São Paulo, com montagens de grande porte, cursos gratuitos e participação comunitária.


Ópera ÉDIPO REI

26 de setembro, 2 e 3 de outubro, às 20h

27 e 28 de setembro, 4 e 5 de outubro, às 16h


Teatro Bradesco São Paulo

Shopping Bourbon – R. Palestra Itália, 500

🎟️ Ingressos: disponíveis na bilheteria e no site do Teatro Bradesco


Comentários


bottom of page