A Autoestima do Homem Hétero tem temporada prorrogada até outubro no Teatro UOL

Redação
24 de set.
2 min de leitura

Com texto e atuação de Amanda Mirásci e direção de Martha Nowill, espetáculo satírico usa humor para refletir sobre autoestima, relações afetivas e empoderamento feminino.

Prepare-se para o lançamento mais inusitado do ano: A Autoestima do Homem Hétero, monólogo idealizado, escrito e protagonizado por Amanda Mirásci, com direção de Martha Nowill, segue em cartaz no Teatro UOL até 25 de outubro de 2025.

A peça, que estreou em julho e teve sua temporada prorrogada duas vezes devido à boa recepção do público, propõe uma provocação inusitada: e se fosse possível encapsular a inabalável confiança dos homens héteros e oferecê-la às mulheres, em forma de pílula?

Enredo: a invenção mais ousada da década

A protagonista Carina, farmacêutica interpretada por Mirásci, apresenta ao público sua criação revolucionária: a autoestima do homem hétero em cápsulas.

Durante a noite de lançamento do medicamento, ela revela os “componentes” dessa fórmula milagrosa, reencenando situações hilárias inspiradas em diferentes “tipos” masculinos:

O cara do violão, dono de um repertório de cinco músicas que nunca perde a chance de exibir.
O sujeito da caixa de som, que transforma qualquer praia em pista de dança particular.
O match do Tinder que, mesmo distante dos padrões de beleza, exige mulheres sem celulite.

À medida que revive esses encontros, Carina também revela suas fragilidades: dilemas familiares, traumas afetivos e a síndrome da impostora, que a desafia constantemente. Até que ela decide experimentar sua própria invenção — e nada sai como planejado.

Reflexão com humor e empoderamento

O espetáculo surgiu a partir das experiências pessoais de Amanda Mirásci e das histórias de mulheres próximas. “Situações que parecem pontuais, mas que revelam padrões quando compartilhadas. Transformei em teatro para ressignificar essas vivências, usando o humor como ferramenta de reflexão”, explica a autora e atriz.

Apesar do título, a peça não se restringe ao olhar feminino. “Os homens estão convidados a rir de si mesmos e repensar atitudes. Se queremos mudança, eles precisam estar nessa conversa também”, completa Mirásci.

Para a diretora Martha Nowill, a proposta é acolhedora: “Não queremos constranger, e sim provocar um olhar divertido e crítico. O espetáculo mostra aos homens que rir de si mesmos também é libertador”.