top of page

Museu de Geociências da USP reabre para visitação pública

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • há 19 horas
  • 2 min de leitura

Gratuitas, as visitas proporcionam uma viagem de conhecimento pelas Ciências da Terra

museu de geociências
Imagem: divulgacao_IGc_USP

A partir de 27 de maio, a Cidade Universitária, em São Paulo, ganha um motivo extra para receber sua visita. Após passar por reformas desde setembro de 2023, o Museu de Geociências do Instituto de Geociências (IGc-USP) reabre as portas com cara nova, acervo revitalizado e uma proposta envolvente: contar, de forma acessível e instigante, a fascinante história do nosso planeta — desde a origem do Universo até o impacto das ações humanas na Terra.


A nova exposição propõe um percurso que vai muito além de vitrines e legendas. Agora, tudo tem uma narrativa: o visitante é guiado por uma linha do tempo que começa no Big Bang e termina no chamado Antropoceno, era geológica que marca a influência decisiva do ser humano na dinâmica terrestre. “Queremos que as pessoas reflitam sobre o presente olhando para o passado do planeta”, explica Miriam Della Posta de Azevedo, chefe técnica do Museu.


O que você vai encontrar por lá?

Logo de cara, é impossível não se impressionar com a réplica em tamanho real de um dinossauro Allosaurus fragilis com nada menos que 14 metros de comprimento. E também com o imponente meteorito Itapuranga, de 624 kg – o quinto maior já encontrado no Brasil. Mas as surpresas não param por aí.


Os apaixonados por minerais poderão ver de perto, pela primeira vez, uma coleção rara de diamantes coloridos — tesouros da natureza que fogem da clássica imagem dos cristais incolores e cintilantes. A coleção pertenceu a um colecionador particular, foi adquirida pelo Estado em 1954 e agora ganha o olhar do público.


Na semana seguinte à reinauguração, o Museu também recebe a mostra especial “Kimberlitos e a origem dos diamantes”, com curadoria do professor Rogério Guitarrari Azzone. A exposição explora as rochas que abrigam os diamantes nas profundezas da Terra e revela os processos que os trazem até a superfície — uma aula de ciência com toque de encantamento.


Muito além do público acadêmico

Antes voltado exclusivamente para alunos e professores da USP, o Museu agora se abre ainda mais à comunidade externa, com uma linguagem acessível e espaços pensados para todas as idades. “A ideia é mostrar que as Ciências da Terra estão presentes no nosso dia a dia — nos objetos, nas construções, na comida, na energia que usamos”, diz Miriam.


Para quem é da casa, o museu segue sendo um apoio fundamental para o ensino. As tradicionais coleções de minerais, por exemplo, foram organizadas em gaveteiros expositores que permitem seu uso prático em aulas, sem ocupar o espaço da nova exposição aberta ao público.


Um pouco de história

O Museu nasceu ainda na década de 1930, como uma pequena coleção de minerais criada para apoiar as aulas de Geologia e Mineralogia da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Com o tempo, o acervo cresceu, ganhou estrutura e passou a receber visitantes de fora da universidade — tornando-se um dos principais espaços de divulgação científica da área no país.


Hoje, o Museu de Geociências do IGc-USP ocupa uma área de 450 m² e segue fiel à sua vocação: encantar, informar e despertar curiosidade sobre a Terra e seus mistérios.

Comments


bottom of page