A Vida de Chuck: três atos sobre amor, memória e a essência da existência
- Lia Garcia
- 25 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de set.
Com estreia marcada para 04 de setembro, a obra revela que o extraordinário pode estar nos gestos mais simples.

Baseado no conto homônimo de Stephen King e dirigido por Mike Flanagan (A Maldição da Residência Hill, Doutor Sono), o filme A Vida de Chuck foge das convenções clássicas do terror para revelar o lado mais humano e esperançoso do autor. Em três atos quase independentes, a adaptação acompanha momentos marcantes da vida de Chuck Krantz (interpretado por Tom Hiddleston), um homem comum cuja trajetória se transforma em uma reflexão universal sobre tempo, memória e propósito.
A força de A Vida de Chuck (The Life of Chuck) também reside em seu elenco estelar. Hiddleston, mesmo com um arco central contido, empresta ao personagem dignidade e sutileza, reforçando a ideia de que a grandeza da vida pode estar na simplicidade dos gestos. O filme conta ainda com Chiwetel Ejiofor, Karen Gillan, Carl Lumbly, Mark Hamill, Mia Sara, Annalise Basso e Jacob Tremblay, em atuações que equilibram delicadeza e intensidade.
A narrativa começa em um cenário distópico de colapso global — internet e eletricidade falham, catástrofes naturais se sucedem — mas aos poucos revela-se menos sobre destruição e mais sobre os pequenos instantes que fazem a vida valer a pena.
No primeiro ato, em meio ao caos, Marty (Ejiofor) e Felicia (Gillan), antigos parceiros, se reencontram, mostrando que ainda há espaço para afeto e reconciliação. Outdoors misteriosos agradecendo a Chuck por “39 anos maravilhosos” levantam a questão central: quem é esse homem comum capaz de simbolizar tanto?
O segundo ato acompanha Chuck adulto (Tom Hiddleston) em um momento aparentemente banal: ao ouvir um baterista de rua, ele convida uma desconhecida (Annalise Basso) para dançar. O gesto espontâneo se transforma em metáfora poderosa: uma vida não se define apenas por grandes feitos, mas pela intensidade dos instantes de alegria e conexão.
O último ato retorna à infância e juventude de Chuck, mostrando sua formação pelos avós, vividos por Mark Hamill e Mia Sara. Entre a rigidez dos conselhos e a leveza da dança herdada da avó, o filme mostra como escolhas, afetos e memórias moldam a identidade. Flanagan conduz este segmento como um fluxo de lembranças, lembrando que o tempo, sempre passageiro, encontra sentido nos vínculos que criamos.
Ao final da sessão, o público é convidado a refletir: qual é o propósito da vida? A Vida de Chuck não traz respostas prontas, mas sugere que o sentido pode estar em aprender a estar presente — seja em uma conversa, em um abraço inesperado ou em uma dança improvável. A grande questão ecoa: o que define uma vida bem vivida? Grandes feitos ou a capacidade de enxergar beleza nos detalhes do cotidiano?
Com distribuição da Diamond Films, o longa estreia nos cinemas em 04 de setembro de 2025. Confira o trailer oficial de A Vida de Chuck e prepare-se para uma das adaptações mais emocionantes de Stephen King nos últimos anos.
A Vida de Chuck (The Life of Chuck)
Nota SP Boas Dicas | ![]() |
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Duração: 151 min. | Gênero: fantasia, sci-fi, drama |
País: EUA | Direção: Mike Flanagan |
Ano: 2024 | Roteiro: Mike Flanagan, a partir do livro de Stephen King |
Estreia: 04/09/2025 | Elenco: Tom Hiddleston; Chiwetel Ejiofor; Karen Gillan; Mia Sara; Carl Lumbly; Benjamin Pajak; Jacob Tremblay; Mark Hamill |















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