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Johnny Depp volta ao cinema em drama histórico "A Favorita do Rei"

  • Foto do escritor: Lia Garcia
    Lia Garcia
  • 17 de set.
  • 2 min de leitura

Entre o luxo de Versalhes e a fragilidade dramática, o novo filme de Maïwenn aposta na estética grandiosa, mas não consegue dar plenitude à história de Jeanne e Luís XV.

cena do filme A Favorita do Rei
Imagens: Divulgação

A Favorita do Rei, dirigido e estrelado por Maïwenn, é uma produção histórica que foi destaque no festival de Cannes de 2023. O filme recria o esplendor da corte de Luís XV com cenários luxuosos, figurinos impecáveis e uma fotografia que valoriza cada detalhe de Versalhes. O impacto visual é imediato: trata-se de uma obra que impressiona pelo cuidado estético e pela ambição de transportar o espectador ao século XVIII.

A narrativa acompanha Jeanne Vaubernier, uma jovem de origem humilde, ambiciosa e determinada a ascender socialmente. Sedutora e irreverente, ela desperta a atenção do rei Luís XV e, contra todas as convenções da época, torna-se sua favorita oficial. Essa posição, no entanto, não apenas lhe confere privilégios, mas também atrai olhares de desconfiança, inveja e intriga dentro da corte francesa. É essa a sinopse central que sustenta a trama: o caminho de uma mulher do povo que ousa desafiar as regras do poder para conquistar seu espaço no coração do monarca.

Apesar dessa premissa instigante, o roteiro não explora em profundidade a riqueza política e social do período. Maïwenn, que interpreta Jeanne, constrói uma personagem mais contida do que se poderia esperar. Falta intensidade à sua atuação, sobretudo no que diz respeito à audácia e ao magnetismo que marcaram a verdadeira Madame du Barry. Essa ausência de força dramática enfraquece a relação com Luís XV, que deveria ser o motor emocional da obra.

Johnny Depp, por sua vez, surge como um rei envelhecido, cansado do peso da coroa e da solidão. Sua interpretação é contida, quase melancólica, oferecendo uma leitura mais introspectiva do monarca. Embora traga nuances interessantes, essa escolha acaba por reduzir a chama do relacionamento central. O casal real, que poderia incendiar a narrativa, permanece mais contemplativo do que apaixonado.

No fim, A Favorita do Rei é um filme que deslumbra os olhos, mas não prende o coração. É um espetáculo visual, sim, mas que carece da força emocional para transformar a história dessa mulher em um drama arrebatador. O resultado é uma obra elegante, bela de assistir, mas que deixa no espectador a sensação de incompletude.

A produção chega à plataforma Filmelier+ em 18 de setembro de 2025.

Confira o trailer!

A Favorita do Rei (Jeanne du Barry)

Nota SP Boas Dicas

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Duração: 116 min.

Gênero: drama histótico

País: França / Bélgica

Direção: Maïwenn

Ano: 2023

Roteiro: Maïwenn, Teddy Lussi-Modeste

Estreia: 18/09/2025

Elenco: Maïwenn, Johnny Depp, Benjamin Lavernhe, Pierre Richard, Melvil Poupaud, Pascal Greggory, India Hai


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